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Metade dos internados por covid apresentam piora na qualidade de vida

Segundo estudo, pacientes com idade avançada e do sexo feminino estão entre os mais impactados

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Investigação consistiu em uma revisão sistemática com 24 artigos sobre o assunto | Flickr
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Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais, mostrou que metade dos pacientes internados com covid-19 apresentam piora na qualidade de vida após receberem alta. Segundo os autores, a condição pode estar relacionada tanto à sequelas físicas do vírus como doenças mentais.

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A investigação consistiu em uma revisão sistemática - quando são utilizados outros estudos publicados para entender o que já foi produzido sobre o assunto - e a utilização de seis bases de dados relacionados à área, sendo Medline, Embase, Cinahl, Web of Sciente, Lilacs e Scopus. Inicialmente, os pesquisadores encontraram mais de 4 mil artigos sobre o assunto. Destes, 24 foram selecionados para análise.

"A literatura nos mostra que a qualidade de vida no paciente pós-covid-19 está comprometida tanto nos aspectos físicos como mentais, principalmente pela presença de dor, desconforto, ansiedade e depressão. Cerca de 15% a 51% dos pacientes hospitalizados apresentaram pior qualidade de vida após meses da alta hospitalar, independentemente da gravidade da doença no momento da admissão", destaca um dos autores do estudo, Henrique Silveira Costa.

Segundo ele, os dados mostraram que, apesar dos homens apresentarem taxas mais altas de gravidade e letalidade da doença, são as mulheres e os idosos que apresentam pior qualidade de vida pós-alta. Os efeitos da chamada covid longa também são mais presentes entre os que mais necessitaram de ventilação mecânica invasiva e cuidados intensivos. 

Além disso, fatores como a presença e o número de comorbidades, índice de massa corporal elevado e histórico de tabagismo também prejudicaram na recuperação por completo do organismo. Esses pontos, no entanto, não estão completamente consolidados, diferente do caso do sexo feminino e da idade avançada.

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O objetivo da pesquisa, segundo Costa, é que a identificação das sequelas pós covid auxilie no desenvolvimento de estratégias de saúde para melhorar a qualidade de vida dos pacientes mais suscetíveis aos problemas persistentes. 

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