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Instituto Butantan faz nova etapa de testes em Serrana

Município, que foi pioneiro na vacinação, recebe a terceira fase do "projeto S"

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Projeto Serrana
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Pesquisadores do Instituto Butantan voltaram neste fim de semana à cidade de Serrana, no interior de São Paulo, para uma nova fase de testes do "projeto S". A intenção é colher material genético da população para análises sobre os resultados da vacina.

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Para a terceira fase do projeto, foram montados postos de atendimento em oito escolas da cidade. Os pesquisadores avaliam a imunidade de longo prazo de 3,9 mil moradores. Participam adultos ou idosos com mais de 60 anos que tenham sido imunizados dentro do estudo do Instituto Butantan. 

O coordenador da etapa de sorologia do projeto, Gustavo Volpe, explica que a intenção das análises é entender como funciona a imunidade de longo prazo da vacina Coronavac. "Se a Coronavac vai precisar ser uma vacina que se toma todo ano, se toma 3 doses e depois não precisa. É justamente esse tipo de resposta que a gente quer dar", conta.

Maria Isabel, de 75 anos, foi uma das participantes do estudo. Ela conta ter tirado sangue para saber como está a imunização. "O médico disse que meu organismo está respondendo bem. Se eu tiver algum contato com o vírus, uma infecção, vai ser leve", declara.

Outros moradores da cidade também deram apoio à vacinação. A aposentada Marta da Costa dos Santos diz: "As pessoas têm que ter consciência e ajudar". O mecânico Donizete Silva, que recebeu já as três doses da vacina, completa: "A medicina sabe o que deve ser feito. O que a gente quer é participar e ajudar".

Projeto S

O projeto em Serrana começou em abril de 2020. À época, 97,7% da população com mais de 18 anos foi imunizada. Ao todo, foram 27.160 pessoas que receberam as duas doses da Coronavac, bem antes da maioria dos brasileiros. Os dados preliminares apontaram que a imunização deu resultado: houve redução de casos e mortes por covid-19 na cidade.

Na última testagem, em outubro, casos sintomáticos de covid reduziram em 80%. As internações diminuíram 86% e as mortes 95%. Com a chegada da variante Ômicron, houve um aumento de casos em janeiro: foram 895 infecções. Atualmente, o município tem apenas seis pacientes internados por conta do coronavírus.

A coordenadora de vigilância epidemiológica da cidade, Glenda Morais, considera que o estudo "foi maravilhoso" para Serrana. "Hoje a gente percebe que a vacina é muito importante para toda a população. Ela diminui o agravamento da doença, e, com isso, os sintomas são leves. São poucos pacientes internados e não tem casos de óbitos", relata.

A última etapa da pesquisa será daqui a três meses, com uma nova coleta de sangue dos moradores. A expectativa é que o resultado final do estudo seja divulgado em maio.

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