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Crime

Após 7 meses, polícia começa a ouvir 31 PMs envolvidos nas mortes em baile funk de SP

Os agentes são investigados pela ação realizada no baile da DZ7, que resultou na morte de nove jovens

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Após 7 meses, polícia começa a ouvir 31 PMs envolvidos nas mortes em baile funk de SP
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Polícia Civil começou a ouvir nesta segunda-feira (06) os 31 policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte de nove jovens, com idades entre 14 e 23 anos, em um baile funk realizado na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Além das vítimas fatais, cerca de 12 pessoas ficaram feridas durante a intervenção que ocorreu no dia 1º de dezembro de 2019. 

Os agentes devem depor ao longo da semana no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro da capital paulista. Segundo a Polícia Civil, a intenção é ouvir cinco depoimentos por dia. Para o advogado de defesa, Fernando Capano, não há como atribuir culpa aos PMs, uma vez que "nenhuma conduta própria ou imprópria dos policiais levou ao resultado morte naquela tragédia de Paraisópolis". 

Laudos do Instituto Médico Legal (IML) revelam que os ferimentos encontrados nas vítimas são compatíveis com o pisoteamento. A população alega que os agentes agiram de forma truculenta para dispersar o público do baile, provocando tumulto. Vídeos registrados por moradores mostram a correria e os disparos efetuados. 

Já os policiais militares envolvidos na ocorrência afirmaram que na ocasião perseguiam uma motocicleta roubada, quando os suspeitos atiraram contra os agentes, que revidaram. Até o momento, todos os PMs que participaram da ação foram afastados preventivamente da corporação.

 
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