"Governos têm que levar população pobre em conta", diz chefe da OMS
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde defende medidas de isolamento social e alerta que governos precisam garantir bem-estar social
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O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (30), defendeu os lockdowns, como são chamadas as quarentenas em todo o mundo, como medidas necessárias e a melhor alternativa para lidar com o coronavírus. "As medidas de isolamento social nos fizeram ganhar tempo", defendeu.
No entanto, o diretor-geral, que veio de família pobre, lembrou também ser necessário que os governantes cuidem da população mais vulnerável de seus países. "E eu sei que muitas pessoas realmente têm que trabalhar todo dia para ganharem seu pão de cada dia. E governos têm que levar essa população em conta, ok? Se nós fecharmos ou limitarmos movimentos, o que vai acontecer com aquelas pessoas que têm que trabalhar diariamente e têm que ganhar seu pão numa base diária?", declarou Ghebreyesus.
No entanto, o diretor-geral, que veio de família pobre, lembrou também ser necessário que os governantes cuidem da população mais vulnerável de seus países. "E eu sei que muitas pessoas realmente têm que trabalhar todo dia para ganharem seu pão de cada dia. E governos têm que levar essa população em conta, ok? Se nós fecharmos ou limitarmos movimentos, o que vai acontecer com aquelas pessoas que têm que trabalhar diariamente e têm que ganhar seu pão numa base diária?", declarou Ghebreyesus.
"Então cada país, baseado em sua situação, deve responder a essa questão. Não estamos vendo isso como uma questão de impacto econômico em um país, em uma média de perda do PIB, ou como repercussões econômicas? Nós também temos que ver o que isso significa para o indivíduo na rua", alertou o diretor-geral.
O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, afirmou que os países devem ser claros e transparentes em relação às medidas tomadas e desabafou: "Essas medidas são difíceis e elas prejudicam as pessoas, mas a alternativa é pior".
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