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Enterro de menina Ágatha é marcado por manifestações e homenagens

Agentes da Polícia Militar suspeitos de atirar contra a menina de 8 anos, devem ser ouvidos nesta segunda-feira (23)

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Enterro de menina Ágatha é marcado por manifestações e homenagens
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Agentes da Polícia Militar suspeitos de atirar contra a menina Ágatha Félix, de 8 anos, devem ser ouvidos nesta segunda-feira (23).

O corpo da criança foi enterrado no domingo (22) sob aplausos e protestos. Crianças moradoras da Fazendinha, no Complexo do Alemão carregavam faixas pedindo pelo fim da morte de inocentes. Balões amarelos foram distribuídos em homenagem à Ágatha, lembrando uma foto em que aparece com balões da mesma cor.

O ator Fábio Assunção e a triz Catarina Abdala acompanharam o cortejo.

Ágatha Vitória Sales Félix morreu após levar um tiro no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. A menina foi baleada nas costas quando voltava para a casa com a mãe, dentro de uma kombi.

Segundo moradores da região, policiais militares teriam atirado em dois suspeitos que estavam em uma moto, no momento. A PM lamentou a morte de Ágatha, e disse que irá abrir uma sindicância para apurar o caso.

De acordo com a Polícia Militar, a menina foi baleada em uma área onde há poucos registros de confrontos com criminosos. Uma reconstituição da morte da criança será feita pela Polícia Civil.

Ailton Félix, avô de Ágatha, não se conformou com a morte da neta. "É mais um na estatística. Vai chegar amanhã e dizer: morreu mais uma criança no confronto. Que confronto? Confronto com quem? A minha neta estava armada por acaso para poder levar um tiro? Não tava. Eles chegaram e atiraram na kombi." afirmou Ailton.

A plataforma Fogo Cruzado divulgou que 16 crianças foram baleadas desde janeiro, e, entre elas, cinco morreram. Ágatha foi a quinta vítima.

Na última sexta-feira (20), antes da morte da menina, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que irá combater o crime organizado: "Aqueles que não se entregarem, não tirarem o fuzil do tiracolo, serão abatidos. Porque não merecem viver aqueles que atiram contra o povo e contra a população".

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