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Guerra na Ucrânia faz preços do trigo, milho e óleos vegetais dispararem

Ofensiva russa também impactou a importações de fertilizantes para comunidade internacional

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Em março, os combates na região do Mar Negro causaram uma alta recorde de 19,7% no valor do trigo | Pexels
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O conflito militar na Ucrânia está fazendo com que o preço de alguns alimentos aumentem de forma significativa. De acordo com a Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em março, os combates na região do Mar Negro causaram uma alta recorde no valor do trigo (19,7%) e dos cereais (17,1%), quando comparado com o preço registrado em fevereiro.

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Além disso, o preço do milho está registrando um aumento de 19,1% de mês a mês, ao longo da alta no preço do sorgo e da cevada. O índice do açúcar, por sua vez, subiu 6,7% desde fevereiro, revertendo as baixas recentes. Nesse caso, o aumento do preço do petróleo puxou a subida juntamente com a valorização da moeda brasileira, o Real, e expectativas de safras melhores na Índia.

Na prateleira do óleo de soja, o aumento foi de 23,2% por causa das cotações maiores para a semente do óleo de girassol, da qual a Ucrânia é o maior exportador mundial. Os preços para o óleo de soja também causam preocupações devido à redução de exportações pela América do Sul. Já os produtos derivados do leite aumentaram 2,6% em março, enquanto o preço da carne subiu 4,8%.

O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, alerta sobre as consequências da guerra para a segurança alimentar, uma vez que, juntas, a Rússia e a Ucrânia concentram quase 30% da exportação global de trigo e 80% das exportações de girassol. Além disso, a Rússia também é o maior exportador de fertilizantes do mundo.

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Para minimizar os efeitos, a organização sugere algumas medidas. Entre elas está o apoio aos países mais vulneráveis e o uso eficiente de fertilizantes, planos de proteção social à medida, bem como melhorias em medidas de biossegurança em países vizinhos da Ucrânia para minimizar riscos como a febre africana suína e outras doenças animais.

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