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Setembro tem maior saldo negativo em contas externas desde 2014

Déficit de US$ 5,7 bi é o triplo do mesmo mês do ano passado; brasileiros gastam 91% mais no exterior

Setembro tem maior saldo negativo em contas externas desde 2014
Exportações e importações
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Em setembro as contas externas do Brasil marcaram um déficit de US$ 5,7 bilhões. É o maior resultado negativo para o mês desde 2014, quando o mesmo indicador acusou US$ 8 bi no negativo. Os dados foram divulgados nesta 2ª feira (24.out) pelo Banco Central. 

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O saldo em transações correntes leva em conta as compras e vendas do país com o exterior, transferências de renda -- juros, lucros e dividendos mandados para fora -- e aquisições de serviços por brasileiros com países estrangeiros. Para efeito de comparação, no mesmo mês de 2021 o saldo negativo tinha sido de US$ 1,921 bilhão. Anualizada a comparação, o saldo é de US$ 46,1 bilhões, o que representa 2,56% do Produto Interno Bruto (PIB). Em agosto de 2022, o saldo negativo foi de US$ 42,3 bilhões. 

Considerando o período de janeiro a setembro deste ano, o déficit acumula US$ 29,5 bilhões, muito acima dos US$ 11,3 bilhões do período equivalente no ano passado. A marca do acumulado deste ano é o pior registro desde 2019, quando o rombo chegou a US$ 46,1 bilhões.  

Investimentos diretos

Os investimentos diretos no país (IDP) chegaram a US$ 9,18 bilhões no mês passado, o que é praticamente o dobro dos US$ 4,60 bilhões de setembro de 2021. O ingresso de mais fluxo externo em direção ao Brasil está plenamente "financiando o déficit " de transações correntes, na análise de Fernando Rocha, chefe do Departamento Econômico do Banco Central. 

As reservas internacionais se reduziram em US$ 12,08 bilhões em setembro, chegando a um total acumulado de US$ 327,5 bilhões. 

Balança comercial 

O Brasil vendeu para fora um total de US$ 30,6 bilhões em setembro. É 24,5% mais do que no mesmo mês do ano passado. Já tudo que foi comprado lá de fora somou US$ 28,2 bilhões, o que é uma evolução de 28,2% versus setembro/21. Feitas as contas, o superávit da balança comercial em setembro passado ficou em US$ 2,35 bilhões, contra US$ 2,55 bilhões de um ano antes. Quando considerado o período janeiro a setembro terminado no mês passado, a balança estoca US$ 34,9 bilhões, pouco mais do que os US$ 34,6 bilhões do intervalo correspondente de 2021. 

Serviços

A retranca de Serviços (viagens internacionais e transporte, p.ex.) registrou US$ 1,88 bilhão de saldo negativo em setembro, ou 39,6% mais do que os US$ 1,35 bilhão do mesmo mês no ano passado. Os estrangeiros gastaram no turismo pelo Brasil US$ 416 milhões, o que equivale a um aumento de 76% sobre o nono mês de 2021. Note-se a influência do chamado "fim do auge da pandemia de covid-19", apontado pelos avaliadores, inclusive do próprio Banco Central, como determinante para muitos dos índices que fazem parte do balanço das transações correntes.

Já os brasileiros em viagens ao exterior, deixaram "na gringa" US$ 907 milhões em setembro, nada menos do que 91% a mais do que no mês equivalente do ano passado, quando desembolsaram "em divisas" US$ 474 milhões em outros países. Essa piora na conta de serviços, com mais gastos de brasileiros lá fora, é diretamente responsável pelo resultado global das transações correntes. 

Rendas

A conta de renda primária registrou US$ 6,5 bilhões em setembro passado, muito acima dos US$ 3,4 bilhões do mesmo mês do ano passado. 

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