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Jornalismo

Anvisa não está acima de críticas mas ataques são inadmissíveis, diz agência

Autoridade sanitária reagiu às declarações do Instituto Gamaleya, do governo russo

Imagem da noticia Anvisa não está acima de críticas mas ataques são inadmissíveis, diz agência
Anvisa Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Agência Nacional de Vigilância Santitária (Anvisa) afirmou nesta 4ªfeira (5.mai) que não está acima de críticas, mas que não pode admitir ataques e desrespeito ao órgão e aos seus funcionários por ter negado a importação da vacina Sputnik V. Em nota, a agência fez esclarecimentos sobre a decisão e ressaltou que atua para promover a saúde da população. 

"O que vem sendo exigido são questões básicas para uma vacina e não são motivos para indignação e tentativa de difamação do Brasil e dos seus servidores", diz trecho da nota. Confira aqui a íntegra.

A declaração ocorre um dia depois de o Consórcio Nordeste, formado pelos governadores da região, protocolar na agência dois novos documentos para embasar uma reavaliação ao pedido de importação do imunizante. O presidente do Consórcio, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), confirmou o pedido de reanálise e também distribuiu o material à imprensa, após reunião na Embaixada da Rússia, em Brasília, com o chanceler Alexey Labetskiy.
Um dos documentos é do Instituto Gamaleya, do governo russo. No texto, o instituto diz que Anvisa não soube ler seu relatório, chegou a conclusões errôneas e que isso causa danos significativos à reputação do centro de pesquisa e do próprio imunizante. Também acusa o gerente geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, de conduta "incorreta e altamente antiprofissional".
 

Diretora da Anvisa já comentou sobre o tema

Em entrevista ao Poder em Foco no SBT , domingo (2.mai), a diretora da Anvisa Meiruze Freitas, responsável pela área de registro de vacinas, admitiu a frustração por ter negado autorização para o Brasil importar a Sputnik V, da Rússia, mas afirmou que não havia outro caminho. "Vou ser bem honesta, eu preferia que a Anvisa tivesse errado, mas não foi isso", ressaltou.

Ela também disse que a autoridade sanitária faz avaliações técnicas apartadas de pressões políticas. "Quando você tem uma pandemia que ceifa tantas vidas nesse país, isso já é a sua pressão. A pressão é a pandemia. O resto, relacionado às questões políticas, à pressão da mídia social, nós buscamos trabalhar apartados nessa discussão para que não contamine, justamente, a decisão que tem que ser baseada na ciência, nos dados, e em ofertar à população o que é o melhor", concluiu. 
 

 

Confira a íntegra do documento do Instituto Gamaleya:

  

Resposta da carta ao Instituto Gamaleya by liscappi on Scribd

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