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Polícia faz operação contra quadrilha do "golpe do pagamento antecipado"

Chefe do grupo criminoso chegou a ser preso e confessou os crimes, mas foi liberado pela polícia

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Uma operação desmantelou uma quadrilha que, há mais de 10 anos, aplicava o chamado "golpe do pagamento antecipado". O chefe do bando chegou a ser preso, mas acabou liberado. A polícia de São Paulo acredita que, nos últimos meses, mais de 500 pessoas foram vítimas dos criminosos.

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José Roberto da Silva Costa, de 51 anos, apontado pela polícia como o chefe do esquema de fraudes, é conhecido como o "rei do pagamento antecipado". Na prática, ele é um estelionatário que aplica golpes em sites de vendas há 12 anos.

"Os criminosos lançam falsos anúncios em provedores de aplicação, ou seja, em sites de vendas eletrônicas, com a promessa da entrega de produtos eletrônicos, móveis, porém esses produtos nunca chegam na casa dos consumidores", afirma o delegado Everson Aparecido Contelli.

Mais de 50 policiais civis cumpriram sete mandados de busca e apreensão na capital paulista, Diadema e São Bernardo do Campo, na região do ABC.

O golpe começa com o uso da chamada "deep fake". Os bandidos criam rostos falsos e usam dados verdadeiros de pessoas que têm cadastro em bancos, para a abertura de contas digitais que recebem o dinheiro das vítimas. Outras dezenas de contas são usadas pra pulverizar o dinheiro e dificultar a ação da polícia.

"O chefe do esquema foi interrogado e confessou os crimes. Ele disse que aplica uma média de 60 golpes por mês. Algumas vítimas, que foram enganadas esta semana, ainda nem imaginam que o produto comprado não será entregue.

A polícia pediu, mas a Justiça negou a prisão de José Roberto. Ele saiu por aqui, pela porta da frente, como um cidadão comum. A lista de vítimas tem centenas de nomes. Segundo policiais, esse número é muito maior porque apenas 10% delas registraram boletim de ocorrência, um outro problema que alimenta ainda mais a impunidade.

"Ou seja, 90% desses consumidores lesados estão incluídos no que a criminologia chama de 'cifra negra', ou seja, são crimes que aconteceram, mas não são comunicados oficialmente ao estado", afirma o delegado.

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