Fábrica do samba: Rio construirá galpões dedicados à Série Ouro na Estação da Leopoldina
Cessão do imóvel foi assinada na última sexta-feira (10) e prevê a criação de outro empreendimentos
A cessão do prédio da Estação Ferroviária Leopoldina foi assinada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante uma cerimônia na última sexta-feira (10). O termo de guarda do terreno da estação prevê a reforma do prédio histórico e a construção da "Fábrica do Samba".
Além desse espaço, está prevista também a construção de unidades habitacionais, equipamentos públicos de Saúde e Educação e um centro de convenções. Fechado desde 2004, o imóvel, no centro do Rio de Janeiro, tem 125 mil metros quadrados e é um projeto do arquiteto inglês Robert Prentice.
Fábrica do Samba
Localizada na Avenida Francisco Bicalho, no bairro Santo Cristo, a Estação Ferroviária Leopoldina prevê abrigar 14 balcões, um para cada escola de samba da Série Ouro e um parque linear com ciclovia, bicicletários, quiosque, sanitários, bancos, árvores e um incrível mural artístico em homenagem às personalidades do samba.
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Segundo a prefeitura do Rio, o orçamento para a construção da Fábrica do Samba é de cerca de R$ 194 milhões. Criados para comportar a confecção de alegorias, os galpões terão vestiários, sanitários e refeitórios para os trabalhadores do carnaval.
"Há muito tempo que a prefeitura pleiteava isso. Meu agradecimento ao governo federal por ceder esse espaço para a prefeitura para a gente fazer aquilo que é o correto, dar uso público", disse Eduardo Paes.
No final da cerimônia, os representantes de todas as escolas de samba da Série Ouro fizeram uma apresentação.
Programa de Democratização dos Imóveis da União
A cessão do prédio da Estação Leopoldina acontece no âmbito do Programa de Democratização dos Imóveis da União, que tem como objetivo destinar imóveis para o interesse social que estejam em situação indefinida.
Mais de 500 imóveis da União em 200 municípios do país estão em estudo para a possível destinação a estados, municípios, movimentos sociais e setor privado para construção de habitações e equipamentos públicos, entre outros.
Além desses, que estão sob gestão da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), o INSS tem 3.213 imóveis não operacionais passíveis de serem destinados para outros projetos. Os resultados esperados pelo programa são ampliar o número de unidades habitacionais para população carente e também reduzir os riscos sociais e ambientais em territórios vulneráveis.