SP: escoteiro desaparecido há 38 anos pode estar enterrado em pico
Buscas com drone sofisticado em Piquete, no interior paulista, trazem esperança de encontrar corpo de Marco Aurélio
Beatriz Plaça
O Pico dos Marins, em Piquete, cidade a 200 quilômetros de São Paulo (SP), pode ser o ponto final de um mistério que dura quase quatro décadas. A Polícia Civil fez escavações no local na esperança de localizar o corpo do escoteiro Marco Aurélio, desaparecido há 38 anos.
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As buscas foram retomadas após um sofisticado drone identificar cinco covas escondidas com ossos no meio da montanha, por onde o adolescente passou.
O trabalho é feito, além da Civil, pelas polícias Militar e Científica. As equipes foram à base do morro, onde foram feitas cinco escavações. O drone escaneou a região e detectou cinco pontos de prováveis covas. Somente uma delas será aberta, em um local de difícil acesso.
O trabalho, de forma minuciosa, deve durar pelo menos cinco dias e qualquer vestígio humano encontrado será analisado, buscando relações com o desaparecimento do escoteiro.
Desaparecido após pedir ajuda
Marco Aurélio desapareceu em 8 de junho de 1985, aos 15 anos de idade, quando realizava uma prova do grupo de escoteiros que frequentava. O teste era acampar no Pico dos Marins e, para chegar ao local, ele e outras quatro pessoas tiveram que atravessar uma trilha.
No caminho, um dos amigos se machucou e Marco retornou para pedir ajuda. Ele nunca mais foi visto. Foi feita uma grande operação na época, mas nenhum vestígio do jovem foi encontrado.
Duas linhas de investigação foram adotadas pela polícia: a primeira é que o garoto tenha sido morto e enterrado próximo ao pico. A outra é que o jovem tenha chegado até a base do morro e estaria vivendo em situação de rua.
Em 2021 e 2022 outras escavações foram feitas no local, mas nenhuma evidência foi encontrada. De acordo com a polícia, a finalidade da operação não é penalizar alguém pela morte de Marco Aurélio, mas de dar uma resposta à família.
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