Justiça determina que Monique Medeiros fique em cela especial e individual
A decisão vem após polêmica envolvendo Adriana Belém; delegada não quis dividir a cela com Monique
Monique Medeiros, presa pela morte do próprio filho, Henry Borel, terá cela individual e especial. É o que determinou o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), adaptou uma sala para receber Monique no Instituto Penal Santo Expedito (ISE), já que o lugar não tem celas individuais.
O magistrado escreveu em um trecho da decisão que determinou o encaminhamento de Monique para o ISE na área de maior segurança de prisão especial. "As circunstâncias fáticas e condições pessoais da acusada estão sendo levadas em consideração para fins de colocá-la em unidade prisional compatível", justifica.
A decisão aconteceu após polêmica envolvendo a delegada Adriana Belém, presa por suspeita de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Rogério Andrade. Monique foi retirada da cela da delegada, que não aceitou dividir o espaço. Belém disse que a cela é destinada a profissionais de segurança pública e, por isso, não poderia ficar com outros presos que não são agentes.
No dia 28 de junho magistrados da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro atenderam a um recurso do Ministério Público, contra a soltura da professora Monique Medeiros, e determinaram o retorno dela à cadeia. Monique cumpria prisão domiliciliar desde o início de abril.
Henry Borel, de 4 anos, morreu em 8 de março de 2021. Segundo denúncia do MPRJ, o menino foi vítima de torturas aplicadas pelo padrasto, o até então vereador Dr. Jairinho. Ele e Monique Medeiros, respondem por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas.