Unesp instaura sindicância administrativa para apurar denúncias de assédio
Estudantes expuseram cartazes com supostas conversas de conotação sexual entre estudante e professor
A Universidade Estadual Paulista divulgou nota, nesta 2ª feira (4.jul), dizendo que irá instaurar uma sindicância administrativa para apurar as recentes denúncias de assédio no câmpus Bauru. Na última 6ª feira (1.jul), estudantes expuseram cartazes pela faculdade com supostas conversas de conotação sexual entre uma estudante e o professor Marcelo Bulhões. O docente nega as acusações.
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No documento, a Unesp afirmou que a atual gestão, iniciada em 2021, "não poupará esforços para apurar e punir eventuais culpados". A universidade informou que a nova sindicância administrativa tem prazo de 60 dias para conclusão, podendo ser prorrogada por mais dois meses mediante justificativa.
Essa não é a primeira vez que alunos da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC) acusam o professor Marcelo Bulhões por assédio sexual. Em 2017, alunas e ex-alunas se juntaram para denunciar o docente. Na época, a universidade também instaurou uma sindicância administrativa, que foi finalizada em 2018, indicando arquivamento dos autos com recomendações ao professor.
O SBT News entrou em contato, no último sábado (2.jul), com o professor Marcelo Bulhões, que disse estar vivendo "um pesadelo" e negou as acusações, além de afirmar que as mesmas são "uma violência".
Confira a íntegra da nota da Unesp:
A Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) repudia toda e qualquer prática de assédio. A atual gestão, iniciada em 2021, não poupará esforços para apurar e punir eventuais culpados.
Na sexta-feira, 1º de julho, tão logo foram veiculadas as primeiras notícias a respeito das acusações de assédio sexual que recaem sobre um docente da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC) do câmpus de Bauru da Unesp, foram feitos contatos com a direção da unidade para que providências fossem tomadas.
Nesta segunda-feira, 4 de julho, foi instaurada uma sindicância administrativa para análise e identificação de responsabilidades. O prazo para conclusão da sindicância é de 60 dias, prorrogável por igual período mediante justificativa fundamentada. Esta medida administrativa faz parte do protocolo institucional de atendimento às vítimas de violência sexual construído pela Ouvidoria da Universidade.
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